FRUIT LOGISTICA 2023

A convite da Portugal Fresh, a APK esteve presente em mais uma edição da Fruit Logística, uma das maiores feiras de comércio do mundo para o sector hortofrutícola, que se realizou entre os dias 8 e 10 de fevereiro, em Berlim.

Na edição deste ano, o certame contou com a presença de 2.600 empresas expositoras e cerca de 40.000 profissionais oriundos de 87 países. Como plataforma global para novas ideias, contributos e soluções, a Fruit Logística tem como objetivo promover o comércio global das frutas e legumes e facilitar o networking entre os principais players deste sector.

Neste evento foi divulgado que as exportações de frutas, legumes e flores atingiram o valor recorde de 2040 milhões de euros. A análise da Portugal Fresh aos dados divulgados pelo INE permite concluir que, em volume, as vendas internacionais também cresceram 13,6% para 1835 milhões de quilos. “Este é um marco histórico para todo o setor e o resultado de mais de uma década de investimento, não só na promoção internacional, mas também em inovação e tecnologia. As empresas portuguesas estão de parabéns! Nestes últimos anos em particular, e num contexto particularmente adverso, demonstraram uma enorme capacidade de resiliência, o que só prova que a aposta no setor é uma aposta ganha e que é, de facto, estratégica para o desenvolvimento económico do país”, afirma Gonçalo Santos Andrade, presidente da Portugal Fresh, que fez o anúncio destes números ao lado do embaixador português na Alemanha, Francisco Ribeiro de Menezes.

Este ano estivemos novamente com a presença da mascote do Kiwis de Portugal, divulgando os entrepostos associados da APK, com a distribuição de sacos e de folhetos com a informação dos entrepostos que comercializam os Kiwis de Portugal.

REUNIÃO IKO

À semelhança de anos anteriores, realizou-se durante a Fruit Logistica a reunião intercalar da IKO para fazer o ponto de situação da comercialização no hemisfério norte e da produção no hemisfério sul, de seguida apresentamos o resumo da reunião.

Itália tem os preços abaixo do igual período do ano anterior, embora a situação pareça estar a melhorar, com os sinais de melhoria no consumo. Aumentaram o volume de exportações para os EUA e para a India, pois neste ultimo país há um bloqueio ao kiwi Iraniano.

Grécia com calibres pequenos que não são os procurados pelo consumidor, com pouca quantidade de fruta com peso superior a 100gr, apenas tiveram 25% da fruta colhida com calibre superior a 100gr, e já venderam tudo. A fruta com calibres entre o 36 e 46 foi a maioria da produção, estando com dificuldades em vender por o mercado procurar calibres superiores a 100gr. Foram dos principais beneficiados do embargo da India ao kiwi Iraniano, sendo que cerca de 80% das exportações, à data, foram para a India, no entanto não é um mercado apetecível pois há dificuldades em fazer a cobrança. No entanto a India mostra vantagens para alguns nichos de mercado que exigem qualidade na fruta.

Em França a campanha está a decorrer dentro dos parâmetros normais e estão a diminuir as ocorrências de “nacionalização” de kiwi de outras origens para origem francesa. O consumidor francês valoriza muito a produção nacional e prefere-a à de outras origens e o preço pago pela fruta de origem francesa é superior, tornando-a apetecível a fraudes.

Na Califórnia a comercialização está a decorrer com normalidade, sendo que toda a fruta é consumida internamente.

A Nova Zelândia prevê que a colheita da fruta, das diferentes variedades, seja antecipada relativamente ao ano anterior, e que as variedades amarelas cheguem à Europa na semana 11.

O Chile terá menos fruta devido à PSA, não existindo ainda previsões de colheita